Itatiba vai gastar R$ 741 mil com nomeações
sexta-feira, 26 de outubro de 2012A atual administração municipal já nomeou 21 cargos comissionados após as eleições do dia 7. Apenas no último dia 16, foram 15. Se contabilizados, os gastos da folha de pagamento do município chegam por mês a R$ 61.813,08. No ano, a prefeitura de Itatiba terá que desembolsar apenas com estas nomeações, R$ 741.756,96.
O valor é maior quando calculado os encargos trabalhistas destes cargos que ultrapassam os R$ 84 mil ao mês e mais de R$ 1 milhão por ano. Procurado o prefeito em exercício, Ariovaldo Hauck da Silva, disse à reportagem que a nomeação dos cargos está conforme a legislação permite.
“Estas nomeações são de pessoas que já possuíam o cargo e que se afastaram legalmente devido à campanha eleitoral. Alguns eram candidatos e outros trabalhavam na campanha, ou seja, não houve novas contratações”, diz Ari.
O vereador Edvaldo Húngaro (PPS), comenta que a atitude da administração não é ilegal. “Quando acaba a eleição, já é de se esperar a volta dos servidores afastados, já que existe um grande número de pessoas que trabalhavam na campanha e agora retornam para os seus cargos”.
A reportagem também entrevistou o presidente do Sindicato dos Servidores públicos de Itatiba e Morungaba. Rodney Antônio Silvano aponta que o retorno destes cargos é de vontade da administração e que o sindicato não possui autonomia para interferir nesta decisão.
Questionado sobre a possibilidade da realização de concursos públicos para estes fins, o presidente se mostrou favorável. “Quanto mais trabalhadores concursados tiver é melhor, porém acredito que neste caso o concurso não é valido já que o prefeito tem autonomia para nomear os cargos comissionados”.
OUTRO LADO
Um exemplo de uma cidade em que o inchaço de cargos comissionados está tirando o sono dos opositores, é a cidade de Rio Claro/SP. As eleições municipais na cidade deixaram um legado para o futuro prefeito Palminio Du Altimari Filho o corte ou não de cargos comissionados para combater o inchaço da máquina pública. O Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro, Antônio Tu Reginato defendeu, que para enfrentar a questão a apenas uma ação eficaz e enérgica, o que ele denomina de “choque de gestão”.
Reginato informou que na Prefeitura de Rio Claro, conta com cerca de 6 mil servidores municipais, um quadro semelhante ao de cidades bem maiores, tais como Brasília, Santos e Piracicaba. “Para enxugar a máquina pública é preciso choque de gestão. Defendo a redução imediata do número de secretarias, para cortar de forma drástica a quantidade de funcionários comissionados”, comenta o presidente do Sindicado dos Servidores.
Fonte: Rede Bom Dia